Amigos

Total de visualizações de página

Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, SP, Brazil
Regina Lemos jornalista diplomada pela PUC do RS. Registro MTB nº 4312. Editora deste blog que aborda assuntos de Turismo, Eventos e Negócios. Produz matérias no Brasil e no exterior. Carreira iniciada no Jornal Zero Hora em 1977 onde atuou como repórter e fotógrafa no caderno de Variedades. A seguir, na RBS TV, trabalhou como repórter, com matérias produzidas para os jornais da emissora. Repórter especial do "Fantástico" e do programa "Mais Você", Rede Globo | São Paulo. Trabalhou na Rádio CBN do Rio de Janeiro e São Paulo. Produziu e apresentou um quadro direto da Delegacia da Mulher, no programa do comunicador Paulo Lopes, na Rádio Globo, em São Paulo. Repórter do "Programa de Domingo", na Manchete-Rio, com Paulo Alceu e Carolina Ferraz. E-mail reginadelemos@hotmail.com

14 de novembro de 2009

Apagão em São Paulo

Imaginem uma cidade do tamanho de São Paulo ficar totalmente às escuras, como ocorreu na noite de terça-feira , dia 10 de novembro do ano de 2009.

 Tomava uma ducha quando vi a luz oscilar e em seguida veio a escuridão que tomou conta dos cômodos de minha casa, da rua, do bairro, da cidade, do país.Pensei em Tomás Edison...não sei explicar o porquê. Da janela de meu apartamento na avenida Angélica, vi o caos que começava a se formar nas ruas da maior cidade do país.

 Trânsito completamente parado, motoristas desnorteados, todos os semáforos desligados, buzinaço, sirenes, policiais e viaturas a 120 quilômetros por hora.Foi aí que constatei-surpresa, tratar-se de mais um black-out.Era o segundo que eu vira em um tempo nem tão distante, de apenas 10 anos.Com a luz do celular iluminando o caminho dentro de casa, observava todos os acontecimentos nas ruas em diferentes ângulos.

A avenida Angélica completamente parada, a rua das Palmeiras idem e por todos os locais onde a vista alcançava a situação era idêntica,com uma fila enorme de carros e motoristas impacientes.O que dizer mais? Palavras são desnecessárias bastam as imagens aqui publicadas, de autoria de moradores de São Paulo como esta foto de Elbragon - que mostra apenas um edifício no meio da escuridão - e mais abaixo, a foto de Fernando Stankus.

O fato repercutiu lá fora imediatamente e a imprensa internacional não economizou palavras para comentar o que aconteceu no país, cuja origem do apagão, teve início no interior de São Paulo.

Houve hospitais que não possuiam geradores e tiveram que transferir os pacientes.Não parou por aí.

Indústrias com equipamentos de produção parados, donas de casa e de restaurantes tiveram prejuízos incalculáveis com comida estragada devido aos seus refrigeradores queimados.Eletrodomésticoseletrônicos pifaram e a população prejudicada diz que pretende recorrer ao Procon caso não seja ressarcida.

A dona de casa cearense radicada em São Paulo Cícera Bernardes, moradora do bairro Campo Limpo, zona sul da cidade ficou desesperada porque seus dois filhos encontravam-se na faculdade na hora do apagão. Alan e Washington Bernardes chegaram em casa de madrugada.Outros ficaram retidos na rua, em diversos pontos da cidade .Ela só soube que era um apagão quando ouviu a notícia pelo rádio do seu  celular. Ela conta que as luzes de oito ruas do bairro inclusive onde a família reside , na Gustave Doré , ainda estão apagadas e causam medo aos moradores que começam a transitar  pela via, a partir das 4 da manhã, quando se dirigem para o trabalho.

Alunos do curso  noturno correm risco de assalto e estupro por causa da escuridão.Para Epaminondas Bernardes,gerente de empresa, o bairro é considerado perigoso e precisa de policiamento mais ostensivo para que a população se sinta mais segura, afirma.

No dia seguinte  ao apagão, as torneiras secaram e a água voltou só 16 horas ao bairro Campo Limpo.

Houve violência durante a noite e isso já era esperado.A polícia registrou  muitas ocorrências como: furtos, saques, assaltos a mão armada.

Uma bancária foi morta ao deixar a sua amiga em casa de carro por dois motoqueiros que fugiram e não levaram nada.Houve tentativas de assaltos,no Rio, em São Paulo e outras capitais.

Bandidos foram mortos pela polícia.Bombeiros atenderam a centenas de chamados de incêndios por causa de velas acesas dentro de casa.

 A falta de luz desnorteou a população de norte a sul do país e atingiu parte do Paraguai.Até quando vamos conviver com insegurança, apagões e coisas e tal.A resposta deve ser dada pelos políticos,  ministros e governantes que em seus discursos mais recentes afirmaram que o país estaria livre de apagões.

Depois que 60 milhões de pessoas de 18 estados brasileiros ficaram no maior breu, a declaração deles foi diferente. Referiam-se a "racionamento"como ocorreu no mandato de Fernando Henrique.

A oposição está em cima e quer saber o que causou o apagão.Problemas climáticos não convencem, nem a especialistas no assunto como o professor e ex-Reitor da USP - o respeitado físico José Goldenberg , que eu já entrevistei várias vezes ao longo da carreira. Ele garantiu que um raio não faria todo este estrago.A sociedade está pasma com toda esta bagunça e exige uma resposta .Que esta não tarde e seja convincente.



.                                                                Regina Lemos

Um comentário:

Anônimo disse...

Para refletirmos como o ser humano é dependente da tecnologia...lamentável como, o tempo passa, e nos tornamos mais vulneráveis às próprias invenções.
Gostei das fotos.