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São Paulo, SP, Brazil
Regina Lemos jornalista diplomada pela PUC do RS. Registro MTB nº 4312. Editora deste blog que aborda assuntos de Turismo, Eventos e Negócios. Produz matérias no Brasil e no exterior. Carreira iniciada no Jornal Zero Hora em 1977 onde atuou como repórter e fotógrafa no caderno de Variedades. A seguir, na RBS TV, trabalhou como repórter, com matérias produzidas para os jornais da emissora. Repórter especial do "Fantástico" e do programa "Mais Você", Rede Globo | São Paulo. Trabalhou na Rádio CBN do Rio de Janeiro e São Paulo. Produziu e apresentou um quadro direto da Delegacia da Mulher, no programa do comunicador Paulo Lopes, na Rádio Globo, em São Paulo. Repórter do "Programa de Domingo", na Manchete-Rio, com Paulo Alceu e Carolina Ferraz. E-mail reginadelemos@hotmail.com

31 de julho de 2009

O Bonde

Quando olho esta foto do bonde gaiola, volto à infância e aos velhos tempos no bairro Teresópolis, onde cresci cercada por verde e perfume de flores na primavera. Mal tinha saído das fraldas, quando meus pais compraram uma residência na Av. Arnaldo Bohrer,358, em Teresópolis. E para lá fomos nós de "mala e cuia" viver em um bairro, onde o clima era considerado muito bom para a saúde..Ar puro, muito verde e um colégio tradicional, bem ali em frente de casa....Era o Cruzeiro do Sul, o Colégio onde estudou o autor de "Olhai os Lírios do Campo", Érico Veríssimo. Cresci mais um pouco e aos 7 anos entrei para o primeiro ano primário. Naquela época não havia Jardim da Infância. Minha mãe lamentava muito, pois queria me ver logo na escola. Dizia que eu era muito "sabida", já que começava a descobrir as palavras das propagandas e reclames dos bondes....mas nao teve jeito, tive mesmo que esperar completar os 7 anos de idade para ingressar na escola. Uniforme, livros, cadernos e lá fui eu....direto para o Cruzeiro, o colégio que ficaria para sempre dentro de meu coração. Na hora do recreio, a merenda era em casa mesmo e sempre levava uma amiga para tomar o lanche preparado por minha mãe: vitamina de frutas e pãozinho fresco. Minha vida inteira escolar foi neste educandário, nas salas de aula, na quadra de vôlei, nos eventos sociais e esportivos. Quando as aulas terminavam, os alunos que moravam mais distante, costumavam voltar para casa, usando um transporte que era lento, seguro e nao poluía o ar por ser movido a eletricidade: o famoso bonde. Tinha um que balançava pra´´ lá e pra´´ cá...era o" Gaiola".Eu olhava para aquela multidão que andava até a parada, na esquina da Arnaldo Bohrer com Avenida Teresópolis. Morava em frente ao Colégio, não precisava pegar o bonde, no entanto, ficava com aquela vontade de viajar, de preferência em pé, no estribo. .Para não "ficar de fora", eu acompanhava a garotada, subia no bonde e descia logo depois, retornando a pé para casa. Afinal, recebíamos orientação de nossos mestres, que o importante era participar...então eu me juntava a eles neste "retorno coletivo". Muitos dos meninos que andavam no bonde costumavam descer com este ainda em movimento. Eu também queria fazer o mesmo, mas sempre caia no chão. Até que aprendi o segredo.Tinha que saltar com o veículo andando, mas com passos rápidos para a frente, como se estivesse em uma corrida. Deu certo e nunca mais fui ao chão. As aventuras de meninas não eram muito diferentes daquelas praticadas pelos meninos. Estávamos acostumados a estudar na mesma sala, dividir a mesma cancha de vôlei e até disputar medalhas com eles durante as Olimpíadas. Por que não participar da "volta para casa" e saltar com o bonde andando? Tudo era diversão, principalmente as curtas viagens nos bondes elétricos que deixaram de circular em março de 1970, após 62 anos de funcionamento e que continuam entusiasmando os saudosistas, que afirmam ser este veículo o mais barato e seguro de todos os tempos. Regina Lemos. Fotos: Reprodução

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