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20 de outubro de 2009

VIOLÊNCIA NO RIO

Helicóptero da policia derrubado com armas potentes, ônibus incendiados, bangue-bangue no Morro dos Macacos, mortes de civis, policiais e bandidos. O pavor instalou-se na zona norte do Rio. São cenas de guerra em território urbano que lembram filmes de ficção.Até quando a sociedade vai suportar conviver com tanta violência que parece não ter fim e também não consegue ser reprimida? A guerra entre traficantes no último fim-de-semana foi um terror. Nunca se ouviu tantos tiros -disseram os moradores -principalmente os de Vila Isabel, bairro onde viveu o compositor Noel Rosa. Aulas foram suspensas, a insegurança fez moradia na região.As notícias já repercutiram lá fora, afinal, tudo o que acontece no Rio é destaque na mídia internacional o que é péssimo para o país quando se trata de notícias ruins como foi esta última,a da guerra do tráfico. O Rio precisa recuperar a sua imagem e é urgente que isso aconteça de imediato. A sociedade exige uma resposta. É preciso que o estado se mobilize e o momento é agora. Há 100 milhões de reais disponíveis para o Rio. A questão da segurança deve ser prioritária ou pode prejudicar as Olimpíadas o que será uma vergonha para este país. Que o governo se articule e aumente o número de policiais militares e civis e que estes recebam salários mais dignos para que consigam êxito no trabalho de combate ao crime organizado. Chamo a atenção para o caso das milícias que na fase inicial faziam "bico"para sustentar suas famílias. Esta atividade criou problemas e está comprovado: não é solução . Muitos são comparados com bandidos,é mais um poder paralelo em ação. Meu desejo, aqui no blog era publicar só boas notícias e nunca falar de assuntos tão pesados, mas como me encontro aqui no Rio neste período , não posso ficar distante de fatos que afligem e amedrontam a população que não se sente segura em canto nenhum do Rio.
Eu sonho com a volta da cidade dos anos 60,70 quando andávamos em Copacabana à noite, sem medo de ser feliz. Depois de um jantar podíamos escolher um outro local para dar uma esticada e tomar a saideira, andando a pé ou de carro pelos arredores do bairro. Era o tempo dos shows de Carlos Machado, era o tempo de Rogéria, apresentando-se na Galeria Alaska, era o tempo de Elis Regina, no Beco das Garrafas.Havia namorados que costumavam ficar dentro do carro estacionado na orla, trocando beijos e abraços em plena avenida Atlântica, de frente para o mar-na época este hábito era conhecido como'' corrida de submarino"- e o único perigo, para os mais ousados, era a chegada do policial. Este, calmamente, batia no vidro para que os jovens namorados pudessem recuperar o fôlego sem que fossem notados pelas pessoas que por ali andassem. Virar atração turística não era uma boa ideia. Copacabana mesmo de madrugada era cheia de gente bonita e bem vestida por todos os lados. O Rio de Janeiro era uma festa! Ir à praia sem uma pulseira de ouro ou anéis em diversos dedos e correntes no pescoço e tornozelos, nem pensar. Mulher sem ouro era o mesmo que estar fora de moda.A cidade era segura,nada havia a temer.Tínhamos cuidado redobrado apenas com alguns meninos que eram chamados "ratos de praia" . Eles costumavam andar por toda a orla à procura de alguma oportunidade para exercitar as suas habilidades em furtar objetos deixados pelos banhistas na areia, enquanto estes davam um mergulho. Em qualquer descuido,eles levavam a sacola deles com tudo o que tivesse dentro.
A "Princesinha do Mar", eternizada em prosa e verso, representava beleza e sofisticação.Eu lembro que costumava encontrar celebridades e pessoas importantes, caminhando no calçadão , usando traje de banho,meias e tênis. O Presidente Juscelinho era o mais famoso.Todos os que passavam por ele o cumprimentavam com um alegre "Bom dia Presidente!". O povo quer este Rio de volta, eu, idem.
A sociedade exige resposta das autoridades. Chega de violência! O carioca quer apenas ser o que sempre foi: feliz e com o humor em alta. Este é o espírito de quem vive no Rio, a cidade que apesar dos pesares, não perde o charme e continua sendo a mais maravilhosa do mundo.
Texto:ReginaLemos /Foto:divulgação. --------------------------------------------------------------------------------------------

5 comentários:

  1. O problema maior é q. alguns policiais atuam como segurança - isso para a classe baixa da polícia - outros recebem em dólar para soltar bandido, não atrapalhar a feira da droga, e por aí vai. Selma Viana

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  2. É incrível como a violência tomou conta das cidades. O Rio sofre por ter tantos morros tomados pelo tráfico. Pena que tenham deixado que houvesse essa invasão à natureza.

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  3. O Rio ñ é apenas belo; o Rio é alegre contagioso e alto astral.
    Considerado um dos centros urbanos c/mais belezas naturais do mundo.
    O Rio tem sim muitos problemas, e nós tds sabemos. Principalmente os q amam o Rio e estão sinceramente preocupados com as consequencias q esses problemas trazem p/cidade.
    Mas o Rio é conhecida e admirada tbm pelo ritmo,arte,museus e centro culturais maravilhosos.
    O Rio tem aLapa,oCristo,Copacabana,
    Ipanama, a Barra da Tijuca,Angra
    dos Reis e Buzios.O Rio sempre será a cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil.......

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  4. O Rio ñ é apenas belo; o Rio é alegre contagioso e alto astral.
    Considerado um dos centros urbanos c/mais belezas naturais do mundo.
    O Rio tem sim muitos problemas, e nós tds sabemos. Principalmente os q amam o Rio e estão sinceramente preocupados com as consequencias q esses problemas trazem p/cidade.
    Mas o Rio é conhecida e admirada tbm pelo ritmo,arte,museus e centro culturais maravilhosos.
    O Rio tem aLapa,oCristo,Copacabana,
    Ipanama, a Barra da Tijuca,Angra
    dos Reis e Buzios.O Rio sempre será a cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil.......Nilza

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  5. Infelizmente é tênue a linha que separa o universo policial do universo da bandidagem. Até porque o policial ganha tão pouco que ainda é forçado a morar no morro, sendo vizinho de bandido, no mais das vezes. A mudança já devia começar daí...e as drogas, ou libera geral ou vai continuar sendo a motivação principal da criminalidade. Sou contra drogas, mas eu dava tudo pra ver a cara de um chefão do tráfico se cocaína passasse a ser vendida em farmácia, da noite para o dia.

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